São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996
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Taxa é menor em investimento

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o cidadão vai ao banco aplicar seu dinheiro, recebe juros abaixo de 2% ao mês e ainda paga Imposto de Renda.
Mas se, ao contrário, tomar emprestado, pagará nunca menos de 7% ao mês. Entre o que o banco paga e cobra, entram custos, impostos, margens e lucros.
Ainda assim, as taxas variam muito. Para cheque especial, é sempre mais cara, em qualquer país. "É que não tem garantia", explica Carlos Henrique Brochi. Em tese, o cidadão pode fazer o cheque, sacar e desaparecer do país.
Já no crédito ao consumidor há a garantia do bem financiado. Mas a cobrança é sempre difícil.
Empresas pagam juros menores que as pessoas físicas. Mas a lógica é a mesma: quanto melhor o cliente, quanto mais garantias puder dar, menor a taxa.
Hoje, com dinheiro apertado e atividade econômica baixa, uma multinacional de grande porte consegue tomar empréstimos a juros baixos. Todos os bancos querem emprestar, dada a segurança.
Já uma empresa nacional, média, que precisa do dinheiro, vai pagar bem mais caro. O mesmo ocorre com os bancos.
Os bons estão com dinheiro sobrando. Os outros ficam sem e pagam caro. E acabam precisando ir ao Banco Central.
(CAS)

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