São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ramones dá adeus histórico
MARCEL PLASSE
Desta vez, porém, o público está suando, pulando e cantando mais. Afinal, é a última turnê dos Ramones. Os fãs cansados, ao final do show, saem com sorrisos largos de quem teve um encontro histórico. Como em todos os shows da banda, o de segunda lotou. Foram 31 músicas em pouco mais de uma hora, nenhuma com mais de dois minutos e apenas um "Olá, São Paulo" dito ao público. A noite começou com a abertura de Psycho 69, a banda americana de Supla, que o público transformou em alvo de cuspes e agressividade generalizada. Psycho 69 não é grande coisa, mas o alvo das provocações, de forma aparente, era a lembrança do grupo anterior do vocalista, o pop Tóquio. Ao evitar o envolvimento no clima tenso, Supla mostrou muito sangue frio e dignidade. Ramones entrou no palco às 9h45, com "Durango 95", e emendou suas 31 músicas só parando para respirar antes do bis. E que bis: "Surfin'Bird", "Chinese Rock" e "Beat on the Brat" - nenhuma das músicas na programação prevista para a noite. O grupo tinha anunciado um show de muitos hits. Nenhuma novidade: qualquer show do Ramones é um show com muitos hits. Mas a banda parece estar mais ligada no palco, improvisando o repertório e se divertindo como nunca, nos últimos meses que lhe restam de estrada. A apresentação de hoje não é só um show, é um encontro com a história do rock. Texto Anterior: Cássia Eller mostra potência de voz e violões Próximo Texto: Curso analiza acervo de três museus Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |