São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996
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Comerciantes aprovam solução para troco

RITA FERNANDES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em 30 dias de uso, o cartão inteligente implantando pelo Banco do Brasil no Barrashopping (zona oeste do Rio) teve 4.000 unidades recarregadas.
Destinado a compras de pequeno valor, o cartão pode armazenar quantias de R$ 10 a R$ 200 e ser recarregado quantas vezes a pessoa desejar.
No Barrashopping, o maior shopping do Rio, o cartão com chip é vendido na agência BB Teen, direcionada para o público adolescente, e num quiosque do banco.
Já estão usando o smart card 60 pontos comerciais. Entre eles, lojas de alimentação, cinemas, tabacarias, bancas de frutas e legumes. O estacionamento do shopping também pode ser pago com o cartão.
Na opinião dos lojistas onde a máquina leitora já foi instalada, o cartão inteligente só apresenta vantagens. "É o fim do problema de troco", diz José Rodrigues, 53, gerente de uma tabacaria.
Para o proprietário de uma banca de frutas, Joaquim do Vale, 47, o cartão também oferece segurança. "Se todas as pessoas pagam com o cartão, eu não preciso mais andar com o dinheiro para depositar no banco", diz Vale.
O dinheiro das vendas com o cartão inteligente é depositado na conta do comerciante no dia seguinte, pelo próprio banco. A máquina registra o saldo diário.
Problema mesmo, segundo os lojistas do Barrashopping, tem sido a falta de divulgação. "Poucas pessoas conhecem o cartão", diz Rodrigues, que realiza seis vendas por dia, em média, com o cartão.
Até agora, crianças e lojistas têm sido os principais usuários. Os irmãos Thiago, 7, e Renato Pereira, 5, foram alguns dos poucos usuários que a reportagem da Folha encontrou. Os meninos iam estrear numa loja de balas o cartão que a mãe, Cláudia, acabara de comprar.
"Muita gente pensa que, para ter um, tem que ser correntista. Qualquer pessoa pode comprar. A mesada do meu filho Jonathan, de 10 anos, agora vai em cartão", conta o gerente da tabacaria.
Se de um lado os comerciantes reclamam da divulgação, os frequentadores do shopping reclamam da falta de pontos de venda. "É difícil de encontrar. Ainda não consegui saber onde vende", diz o engenheiro Guilherme Kuhn, 42.

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