São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996
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Clinton assina lei que aumenta sanções dos EUA contra Cuba

Líder parlamentar cubano denuncia 'insulto ao mundo'

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Bill Clinton, promulgou ontem a Lei da Liberdade e Solidariedade Cubanas, que amplia o embargo comercial contra Cuba, em vigor desde 1962.
Clinton disse que a lei, proposta por dois adversários no Congresso, manda "uma mensagem poderosa e unificada a Havana".
Cuba respondeu com desprezo e desafio. "Esta lei é um insulto para o mundo", disse o líder do Parlamento, Ricardo Alarcon.
A nova lei permite a americanos, inclusive naturalizados, processar empresas estrangeiras que tenham ocupado propriedades em Cuba a eles pertencentes antes de 1959 e depois expropriadas pelo governo cubano.
Dirigentes e acionistas dessas empresas também terão negados vistos de entrada nos EUA.
"Esse é o início do fim de Fidel Castro", disse Burton, após a promulgação na Casa Branca.
Após o incidente de 24 de fevereiro, quando o governo de Cuba autorizou a derrubada de dois aviões civis da entidade Irmãos para o Resgate, Clinton mudou de idéia.
O presidente havia afrouxado o embargo comercial contra Cuba nos últimos dois anos. Analistas previam que, antes do incidente, ele planejava reatar relações entre EUA e Cuba no segundo mandato.

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