São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996
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Grupo sobrevive a oito horas no mar

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O piloto Moacir Ughini, 48, e três acompanhantes passaram oito horas no mar anteontem depois da queda no litoral gaúcho do avião Cessna em que se encontravam.
Ughini, 48, disse que os quatro já estavam vencidos pelo cansaço e com os corpos rijos de frio quando foram localizados.
O resgate, feito por um helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira), ocorreu ao anoitecer, minutos depois que o piloto Carlos Marquardt, da Divisão de Serviços Aéreos do governo estadual, avistou as vítimas, que usavam coletes salva-vidas. "Senti as forças voltarem quando tive certeza de que o helicóptero tinha vindo para nos resgatar", disse Ughini.
Segundo ele, durante as buscas o helicóptero sobrevoou o local onde estavam Ughini e seus companheiros e não os avistou.
"Nós acenamos e até gritamos", disse o piloto, que sobreviveu junto com os pesquisadores Paulo Henrique Ott, 25, Daniel Schiavon, 23, e Eduardo Secchi, 25. O grupo teria poucas chances de sobreviver se não fosse achado antes de escurecer. "Nadamos muito e estávamos cansados", disse Ughini.
O piloto calcula ter pousado na água a cerca de 10 km da costa de Tramandaí (litoral norte gaúcho), mas o grupo foi resgatado 20 km mar adentro. As buscas começaram devido ao alerta de Rudi Stundner, amigo de Ughini, que acompanhava o vôo da terra e estranhou o atraso da expedição. Ele usava binóculo, mas não viu o avião descer na água.

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