São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996
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Empresa já prevê 300 novas vagas

Aliança foi a 1ª a aderir

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Aliança Metalúrgica, a primeira e única empresa a aderir ao acordo temporário de trabalho em São Paulo, já estuda abrir entre 200 e 300 vagas a médio prazo.
A metalúrgica ficou conhecida há um mês ao contratar 35 pessoas por tempo determinado e com redução de encargos sociais.
O acordo, que reduzia o custo do empregado em 30%, foi fechado com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e considerado ilegal pela Justiça. A empresa manteve as contratações.
Paulo José Lucia, principal executivo da Aliança, diz que vai abrir as vagas se o Congresso aprovar a proposta do governo de contratar por tempo determinado com redução de 18% dos encargos sociais.
"A redução dos encargos aliada à possibilidade de conseguir empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) abre espaço para novas contratações", afirma Lucia.
As vagas serão consequência do investimento entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões, que a metalúrgica pretende pleitear junto ao BNDES, para a sua modernização e ampliação da capacidade de produção.
"A informação do ministro Paulo Paiva é que, por estarmos investindo para gerar empregos, nosso empréstimo junto ao BNDES terá prioridade", afirma Lucia.
Durante esta semana, a Aliança estará publicando anúncios em jornais e revistas, explicando porque resolveu aderir ao acordo temporário de trabalho.
"A Aliança tinha absoluta consciência de que sua adesão ao acordo iria abrir uma ampla e inadiável discussão sobre os custos da mão-de-obra, sobre a necessidade de gerar novos empregos, sobre o custo Brasil e, óbvio, sobre a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)", afirma o anúncio.
Segundo Lucia, a empresa trabalha com capacidade plena de produção e não tem conseguido atender a todos os pedidos. "Precisamos ampliar a fábrica, mas não temos condições de contratar com os custos atuais da mão-de-obra."

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