São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
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Metalúrgicos da CUT rejeitam proposta feita por empresários

Sindicatos pedem aumento real de 10% e jornada menor

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 19 sindicatos de metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo rejeitaram ontem, na íntegra, a proposta do grupo 19-3 da Fiesp (entidades patronais dos setores de máquinas e eletroeletrônicos).
"A proposta quer acabar com direitos conquistados", disse Paulo Sérgio, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT.
A proposta dos empresários prevê, entre outros itens, flexibilização da jornada de trabalho -mínimo de 38 horas e máximo de 56 horas semanais-; contrato de trabalho por tempo determinado com redução de encargos sociais e fim do adiantamento de salário.
Reajuste
Reunidos ontem, os 19 sindicatos da CUT decidiram a pauta de reivindicações a ser apresentada dia 21 aos empresários, que pede reajuste salarial de 5,64% (considerando-se uma inflação de 0,5% em março) e aumento real de 10%.
Os metalúrgicos da CUT vão pedir também participação nos lucros, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais -hoje são 44 horas-, contratação de 8 mil trabalhadores -10% da mão-de-obra já empregada hoje na base da CUT pelas empresas de máquinas e eletroeletrônicos em São Paulo- e mudança da data-base de abril para novembro.
Data-base
Desde 95, a maior parte dos metalúrgicos da CUT no Estado passou a ter data-base em novembro.

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