São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
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Inadimplência chega a 10,9%

DA REPORTAGEM LOCAL

A inadimplência (atraso de pagamento) está alta no mercado imobiliário.
A inadimplência, que variava historicamente entre 6% e 7%, chegou a 10,9% em dezembro passado, o último número divulgado.
Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
"O problema é que, a curto prazo, não há razões para a redução da inadimplência nas prestações da casa própria", diz Ilona Beer, superintendente técnica da Abecip.
A explicação é que as formas de reajuste elevaram, em muitos casos, a prestação a um valor acima do que o mutuário consegue pagar com o seu salário.
As taxas de reajustes são definidas pela política econômica.
Segundo Ilona, as maiores inadimplências estão nos contratos iniciados entre fevereiro de 1986 e 1993. São os contratos reajustados pelo índice de remuneração básica da poupança.
Na planta
Outro fenômeno do setor de imóveis é a opção predominante pela compra de imóveis na planta ou ainda em início de construção.
"Para a classe média, é mais viável comprar o apartamento durante a sua construção", diz Dolzonan da Cunha Mattos, da Encol.
A explicação é que há todo o prazo da construção do imóvel para começar a quitar as prestações e diminuir, assim, o valor final a ser financiado. Ou seja, o prazo de pagamento do imóvel é mais extenso.

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