São Paulo, sábado, 16 de março de 1996 |
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Jereissati negocia bens de Calmon
PAULO MOTA
Gomes disse que uma equipe de técnicos do grupo empresarial do governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), está na Bahia fazendo uma auditoria para ver a viabilidade da compra. Segundo ele, as negociações para a compra das fábricas, localizadas em Salvador, Feira de Santana e Ibicaraí, começaram em junho de 95. Ele não quis revelar detalhes da negociação. Gomes disse ainda que o valor das fábricas só pode ser determinado após o término da auditoria, que, segundo ele, não tem prazo para ser concluída. A Agência Folha apurou em Salvador (BA) que a transação da compra das fábricas envolve valor em torno de US$ 75 milhões. O montante inclui ainda ações que o ex-presidente do banco Econômico Calmon de Sá tem na cervejaria Kaiser. O acordo é formal porque as fábricas da Coca-Cola foram colocadas em indisponibilidade pelo BC (Banco Central). O acordo somente será fechado oficialmente se o BC não utilizar o patrimônio das empresas para cobrir eventuais rombos no Econômico. Os primeiros interessados na compra foram os governadores Albano Franco (SE) e Jereissati. Com a intervenção decretada pelo BC no Econômico, as negociações foram suspensas. No final de 95, Franco teria desistido da comprar as empresas, CPI dos bancos Nilo Gomes disse que a compra das três fábricas de Calmon de Sá tem o aval da direção internacional da Coca-Cola e faz parte de uma política de expansão do negócios do Grupo Jereissati. Proprietário da fábrica da Coca-Cola no Ceará, o Grupo Jereissati comprou por R$ 12 milhões no ano passado a fábrica do mesmo refrigerante no Rio Grande do Norte. Texto Anterior: Banco Central muda minibanda cambial Próximo Texto: 35 mil protestam por salários na Alemanha; INSS envia 4 milhões de formulários para IR; Fiat lança título inédito com a Sul América Índice |
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