São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Livro aponta autor de atentado em 81

Coronel acusa ex-marceneiro

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

Baseado em depoimento de pelo menos um dos envolvidos em atentados terroristas ocorridos entre 1962 e 1981, o livro "A Direita Explosiva no Brasil" apresenta o nome daquele que seria o responsável pela fabricação da bomba do Riocentro há quase 15 anos.
O episódio ocorreu no dia 30 de abril de 1981 no estacionamento do Riocentro, pavilhão de exposições e convenções do Rio.
Durante um show promovido por entidades de esquerda, uma bomba explodiu no interior de um Puma que conduzia dois militares -o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu no episódio, e o então capitão Wilson Machado, que permanece no Exército.
Apesar das evidências contra os militares, Inquérito Policial-Militar (IPM) concluiu que Rosário e Machado haviam sido vítimas de um atentado praticado por uma organização de esquerda.
Principal fonte do livro, Fortunato conta sua participação -ao lado de Corrales e de um grupo de militares- em quase 30 atentados praticados entre 1962 e 1970.
Entre os atentados praticados pelo "Grupo Secreto" (como era conhecido por seus integrantes), estão os cometidos contra teatros, as embaixadas da Polônia e da então União Soviética, o depósito do "Jornal do Brasil", a redação do "Pasquim" e a agência do "Correio da Manhã".
Publicado pela ed. Mauad, o livro começou a ser feito por Luiz Alberto Fortunato, filho do coronel Alberto e que começou a colher depoimentos do pai no final de 92. Os outros autores são os jornalistas José Argolo e Kátia Ribeiro.

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