São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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'Gosto de levar cantada vulgar'

DA REPORTAGEM LOCAL

Lembrar de cantadas chulas é um grande divertimento para algumas mulheres. Na hora que ouvem o desaforo elas não gostam, mas depois confessam que riem sozinhas.
"Alguns homens falam essas bobagens de propósito, para ver até onde vai o nosso sangue frio", diz a modelo A.B., 24, que às vezes tem a impressão de ter ouvido errado.
"Outro dia, saindo de um táxi, o motorista murmurou qualquer coisa parecida com 'Se eu pego essa vagabunda de jeito, não sobra nada'. Eu achei que fosse coisa da minha cabeça, mas por via das dúvidas não quis virar para trás."
Com a secretária R.I., 35, não houve dúvida. O ascensorista do prédio em que trabalhava se aproveitou mesmo. "O elevador estava cheio e ele me deu um beliscão na bunda", diz. "Virei a bolsa nele. Foi a maior confusão, mas quando lembro, morro de rir."
A psicanalista A.R., 33, também acha graça. "Me divirto sempre com esse tipo de necessidade que alguns homens têm de verbalizar seus instintos", diz.
Certa vez, na festa de lançamento de uma novela da Globo, ela se sentou na mesa de um ator veterano que, lá pelas tantas, arriscou: "Quero te 'fazer' gostoso."
A. diz que ficou "passada", mas depois relaxou. "Resolvi ver até onde ele ia. Foi bem engraçado..."

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