São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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DEPOIMENTO

"Já trabalhei com mulher antes, mas, talvez por coincidência, não deu certo. Em uma das vezes, ela levou meu guarda-chuva e eu peguei o maior temporal. Quando fui chamar atenção, no outro dia, ela começou a chorar. Ora, quem tinha que chorar era eu! De outra vez, chamei uma operadora de câmera super conhecida para trabalhar comigo e foi a maior competição. Ela sempre tinha um ângulo melhor dos que eu sugeria. Os homens não têm essa fome de conquista de espaço e por isso o ambiente fica mais leve. Minhas amigas feministas (eu também sou!) falam que essa minha mania de contratar só homens pode pegar mal. Para não parecer injusta, lembro que houve, sim, o caso de uma assistente que funcionou muito bem comigo. Ela era excelente. Só que tinha o que eu chamo de temperamento masculino -era objetiva e nunca demonstrou suscetibilidade. Os dois meninos que trabalham comigo fazem banco, levam encomendas, atendem telefones e se lembram do meu casaco quando está frio. Além de tudo, são muito bonitinhos."

Rita Moreira, 51, é diretora de vídeos.

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