São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Jerusalém festeja com banquete de reis

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Israel comemora os 3.000 anos de Jerusalém com um banquete digno de reis: o King David's Feast (banquete do rei David).
O banquete será amanhã, às 19h30, no Centro Internacional de Convenções de Jerusalém, e faz parte dos eventos em comemoração ao aniversário da cidade.
O jantar vai reunir 13 dos melhores "chefs" do mundo: mais da metade (7) vem da França.
No cardápio, pratos criados exclusivamente para a festa. São receitas que nunca foram preparadas antes e que não voltarão a ser feitas depois do banquete (veja quadro ao lado).
Todos os pratos serão casher (seguirão os preceitos da religião judaica, que proíbe carne de porco, por exemplo).
Os cozinheiros irão a Israel para preparar os pratos, com assistência de "chefs" israelenses.
Todo esse luxo tem seu preço: o convite individual custa R$ 850 (preço do Brasil) -sem contar passagens e hospedagem.
O número máximo de convidados permitido é 500. Até sexta-feira, haviam sido vendidos 350 convites em todo o mundo.
A agência Fun By Phone, de São Paulo, vendeu oito convites.
Arnaldo Franken, 47, proprietário da AD Viagens e Turismo Ltda, é um dos brasileiros que comprou convites para o jantar. Ele viaja acompanhado da mulher, Rosana Carmello Franken, 41.
"Espero comer muito bem. Vai ser um oba-oba com muita comida boa", diz Franken.
Sobre o preço, ele diz: "Nenhum jantar do mundo custa R$ 850. Este dinheiro vai para uma instituição, é uma contribuição para o Ein Yael Living Museu."
Segundo os organizadores, o evento não pretende reproduzir um banquete bíblico. "Pensamos na festa que o rei David faria em comemoração aos 3.000 anos de Jerusalém se estivesse vivo ", disse à Folha, por telefone, Yael Bassewitz, assistente da produção do evento.
Os convidados comerão ao som da orquestra King David's Violins, que tocará músicas de compositores clássicos como Handel e Mozart, além de adaptações de músicas populares.
Os "chefs" doarão seus cachês para o Ein Yael Living Museum. O museu ocupa uma área no Vale Rephaim, no sudoeste da cidade.
O museu é frequentado por estudantes judeus e árabes e suas atividades têm como objetivo divulgar as heranças históricas de Israel.

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