São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Lee Teng-hui cresce, apesar da pressão de Pequim

DE PEQUIM

A China espera que os exercícios militares sirvam de mensagem aos eleitores de Taiwan que, intimidados, abandonariam o barco de Lee Teng-hui para apoiar um candidato dócil a Pequim. Mas uma pesquisa indica que a estratégia comunista pode fracassar.
Embalado por seu discurso de resistência à pressão da China, Lee Teng-hui subiu, em uma semana, de 29,5% para 34,8% das intenções de voto, segundo pesquisa do "Liberty Times", jornal de Taiwan.
O candidato preferido de Pequim se chama Lin Yang-kang, e pertence ao Partido Novo.
Com 13,3% nas pesquisas, ele defende uma linha de aproximação com o vizinho comunista.
Em terceiro lugar na pesquisa aparece Peng Ming-min, outro arqui-rival da China.
Seu Partido Progressista Democrático defende a independência, embora argumente não ser necessária a declaração que detonaria o ataque de Pequim.
"Já somos independentes de fato", afirma Peng Ming-min, dono de 10% das intenções de voto.
Lee Teng-hui acelera a campanha nesta semana para conseguir mais de 50% dos votos.
Uma vitória com menos da metade dos votos daria motivos a Pequim para tentar contestar a legitimidade do novo governo.
Sua estratégia de desafiar as ameaças de Pequim fez com que, na quinta-feira, ele visitasse a ilha Pescadores, que pertence a seu país e fica a apenas 70 km da região na qual navios e aviões da China fazem exercícios militares. Disse que as manobras "não assustam".

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