São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Empresas lançam a 'desterceirização'

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A redução de custos e a manutenção da segurança estratégica têm feito as empresas reavaliarem a contratação de terceiros. É um processo que está sendo denominado de "desterceirização".
Terceirização é uma técnica administrativa que consiste na transferência de uma atividade-meio, que não está ligada ao objetivo principal da empresa, para as mãos de prestadores de serviços.
A pesquisa Termômetro Empresarial, realizada anualmente pela consultoria Arthur Andersen com as 500 maiores empresas do país, comprova essa tendência.
Em 94, a pesquisa com 137 empresas apontou que 10% não usavam serviços de terceiros. Em 95, esse percentual passou para 15%, tomando como base a resposta de 127 empresas. Em 95, as atividades mais terceirizadas eram segurança (68%), manutenção (55%) e restaurante/limpeza (36%).
Ives Pereira Müller, 32, gerente da Arthur Andersen, diz que a terceirização de limpeza e manutenção são mais fáceis de administrar.
Algumas empresas, segundo ele, começaram a deixar para terceiros atividades fundamentais, como informática e auditoria.
Para Ermínio Alves de Lima Neto, 44, presidente da Aprest (Associação Brasileira das Empresas Prestadoras de Serviços a Terceiros), muitos processos de terceirização foram malfeitos. "As empresas que só pensaram na redução de custos acabaram se dando mal."
Legislação
O enunciado (uniformização de jurisprudências) 331, aprovado em dezembro de 1993, prevê que a contratação de terceiros com vínculo empregatício é ilegal.
"Se a contratação não for regular, o vínculo empregatício pode ser estabelecido", diz Liliana Vieira Polido, 33, supervisora do Grupo IOB - Informações Objetivas.

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