São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996 |
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Países assinam acordo antiterrorismo
DENISE CHRISPIM MARIN
O objetivo principal é desmantelar organizações terroristas ligadas ao fundamentalismo islâmico. O Acordo de Segurança e Facilidade de Trânsito das Três Fronteiras permitirá maior controle de pessoas e veículos que circulam entre Foz do Iguaçu (Brasil), Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). "Nossos países decidiram eliminar os santuários físicos do terrorismo e do narcotráfico", disse o ministro do Interior da Argentina, Carlos Corach. "Como são ilegais, esses cidadãos palestinos acabam sendo reféns de organizações criminosas. Queremos legalizá-los", afirmou o ministro da Justiça, Nelson Jobim. Segundo Jobim, a intenção não é perseguir o fundamentalismo no Mercosul, mas evitar que organizações criminosas -como a máfia coreana e os grupos terroristas islâmicos- utilizem os palestinos. O acordo prevê, essencialmente, o intercâmbio de informações entre as polícias de fronteira, a partir do acesso on-line a um banco de dados comum e a um centro de consulta de documentos. A ênfase no combate ao terrorismo islâmico e na legalização dos ilegais responde às pressões da comunidade israelita de Buenos Aires -a segunda maior da América. Quatro anos após o atentado contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e 18 meses da explosão da sede da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), a Justiça do país ainda não descobriu os autores dos atentados, que mataram, no total, 115 pessoas. Texto Anterior: Cliente quer cancelar seu Credicard Próximo Texto: Menores ficam sob proteção em Minas Índice |
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