São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996 |
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Metalúrgicos do ABCD se dividem
MARCELO MOREIRA
O grupo, liderado pelo vice-presidente do sindicato por Santo André, Cícero Firmino da Silva, fez diversas exigências à diretoria-executiva para continuar na chapa. Entre elas estavam maior autonomia das sedes regionais, inclusive financeira, e maior participação dos diretores regionais nas decisões da entidade. A decisão ocorreu ontem em reunião de todos os 64 diretores na sede do sindicato, em São Bernardo. Nenhuma das exigências dos grupo de Santo André foi atendida. "Não houve acordo, infelizmente. Nenhuma de nossas opiniões foi aceita, então decidimos não integrar a nova chapa única", afirmou Silva. Mais espaço Silva disse que nos próximos 15 dias vai se reunir com seu grupo de apoio e com trabalhadores de Santo André para decidir o que fará até a eleição -se monta uma chapa de oposição ou se luta pela separação da sede regional da cidade. O chamado grupo de Santo André decidiu romper porque quatro dos diretores indicados na Cofap, de Santo André, para integrar a chapa única eram apoiados pelo chamado grupo de São Bernardo. A partir desse protesto, Silva passou a reivindicar mais espaço para a sede regional de Santo André, que ele considera desprestigiada. O presidente do sindicato, Heiguiberto Navarro, o Guiba, disse que as exigências não foram aceitas porque feriam os estatutos da entidade e a própria unificação dos sindicatos, ocorrida em 1993. "O processo eleitoral no sindicato vai continuar normalmente". Agressão Anteontem, na convenção da Volkswagen, o vice-presidente por São Bernardo e candidato à presidência, Luiz Marinho, foi agredido por dois trabalhadores. Segundo testemunhas, Marinho foi agredido pelos irmão José Carlos Cruz, o "Cafuné", e Luís Carlos Cruz, o "Maizena", que apoiavam o candidato a diretor Edilson Jeremias Costa. Marinho registrou na tarde de ontem boletim de ocorrência contra os irmãos no 1º Distrito Policial de São Bernardo. "Eles me bateram porque não estão preparados para encarar um processo democrático. Fui agredido pelos dois de forma covarde." Os irmãos José Carlos e Luiz Carlos Cruz não foram encontrados pela Folha ontem. Texto Anterior: CUT pede a líder alemão ajuda contra desemprego Próximo Texto: Fiepag começa com destaque para inovações tecnológicas Índice |
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