São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996
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Volta ao passado

JUCA KFOURI

A direção do São Paulo está cometendo um grave erro: não é mais capaz de se comunicar com sua torcida.
É preciso vir a público explicar que o clube está sem opção.
Precisa reformar o estádio que a incúria de outra gestão deixou abandonado, e, por isso, é impossível ter um time forte ao mesmo tempo.
Quem é um pouco mais velho sabe que o tricolor jejuou durante os anos heróicos da construção do Morumbi.
A situação hoje em dia é muito parecida, e o torcedor são-paulino tem o direito de ser esclarecido nos mínimos detalhes.
Assim, é até capaz de compreender e ter paciência com a equipe.
Do contrário, bons profissionais como Zetti, Sorlei, Valdir, Almir, Muricy e tantos outros acabarão pagando uma conta que não é deles.
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As torcidas organizadas estão voltando. Os torcedores civilizados têm o direito de ser protegidos de tais hordas e as autoridades de São Paulo devem cumprir as determinações da Justiça.
Há verdadeiros acintes, como demonstra o repórter Paulo Vinicius Coelho, da revista "Placar".
Ele simplesmente entrou como sócio da Torcida Independente do São Paulo no último dia 14 de fevereiro.
Tal torcida está fora da lei, mas continua funcionando abertamente.
O mesmo se dá com a Mancha Verde, do Palmeiras, e por aí afora.
As brigas nas arquibancadas já recomeçaram, como em Limeira, no clássico de anteontem entre Portuguesa e São Paulo, e os refrões violentos são ouvidos outra vez nos jogos do Corinthians.
O Ministério Público paulista, que tão bem e rapidamente agiu no caso das organizadas, assim como vem elucidando com competência o crime da "fita do suborno", não pode calar. São vidas que estão em jogo.
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Marcelinho e Luizão repetem três anos depois o duelo entre Evair e Viola pela artilharia do Campeonato Paulista.
Em 1993 o Palmeiras ficou com o título, e Viola, com a artilharia -marcou 20 gols, dois a mais que Evair. Neste ano está pintando verde num e noutra.
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O histórico 11 a 0 do Santos sobre o Botafogo foi na Vila Belmiro e não em Ribeirão Preto, como aqui escrito ontem.

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