São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996
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Organização da Indy já faz plano para 'Rio 500' em 97

Prova no Brasil pode ter traçado diferente no próximo ano

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Ao final da Rio 400, a primeira corrida de Indy no Brasil, os organizadores da prova desfilaram pelo autódromo usando um boné com a inscrição "Rio 500".
O adereço exibia o projeto que a categoria fará no país em 97. Em vez de uma corrida de 400 km, como no domingo, a prova de 97 poderá ter 500 km de extensão.
Mesmo que a corrida carioca não tenha 500 milhas -500 km correspondem a 310 milhas-, a presença do número no nome do GP é comercialmente interessante.
Uma das condições para a extensão da prova é que se nivele o oval do autódromo Nelson Piquet. O traçado apresentou ondulações, as quais seriam desgastantes para os pilotos numa disputa mais longa.
A organização do evento planeja trazer dos EUA uma máquina niveladora controlada por raio laser, que raspa o pavimento nos trechos mais elevados e indica os locais onde é preciso colocar mais asfalto.
A data da prova não está definida, mas a organização do GP e IndyCar se reúnem em maio.
Traçado
Além do nivelamento da pista, o próprio traçado carioca pode sofrer alterações até o próximo ano.
Se a IndyCar pedir, as curvas podem ganhar raios maiores, tornando-as mais rápidas.
A reforma, porém, diminuiria a extensão do circuito em cerca de 500 m, o que teria de ser negociado com a FIA. Fora dos EUA, a entidade só homologa pistas ovais de três quilômetros, como a do Rio.
Os promotores da Rio 400 também possuem outros planos para o oval. A Federação de Automobilismo do Rio pediu um projeto para a realização de provas nacionais.
Pode-se, ainda, comprar um ou dois carros de Indy, de modelos mais antigos, para testar periodicamente a pista. A idéia é que o oval seja constantemente utilizado.
Ontem à tarde, os organizadores da Rio 400 teriam reunião com o prefeito César Maia.
Sumiço
A Tasman venceu a corrida no Rio desfalcada por um mecânico.
Na noite de sábado, o membro da equipe, não identificado pelos promotores do GP, saiu para andar no calçadão da praia de Copacabana após beber com companheiros no hotel onde o time se hospedava.
O o calçadão da praia é frequentado por prostitutas à noite.
Na manhã de domingo, ele não havia retornado ao hotel.
A organização da prova acionou a polícia, que localizou o mecânico, dormindo, no hotel. A Tasman ordenou que seu empregado voltasse imediatamente aos EUA.

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