São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996
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Motta explica como será a privatização

DANIELA FALCÃO

DANIELA FALCÃO; PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

Ministro recebe investidores

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, passou o dia de ontem reunido em Nova York com empresários de 24 bancos de investimento, operadoras de serviços telefônicos e fabricantes de peças interessados em participar do programa de privatização do setor de telecomunicações no Brasil.
A maioria das empresas era americana e canadense. Também havia bancos de investimentos japoneses baseados em Nova York.
O maior interesse das empresas que solicitaram audiência com o ministro é na concessão ao setor privado da operação de satélites, comunicação de dados ("on line") e telefonia celular ("banda b").
Isto porque estas serão as primeiras áreas a serem privatizadas. O ministro voltou a afirmar que espera que, em junho, a primeira etapa do programa esteja concluída.
Segundo Motta, as conversas de ontem serviram para que os empresários tirassem dúvidas sobre como será feita a privatização.
"Essas conversas são as primeiras de uma série de encontros que teremos. No momento eles estão reconhecendo o terreno. Não viemos para cá com o objetivo de fechar nenhum contrato", afirmou.
O ministro disse que não ficou surpreso com o interesse. Segundo Motta, as telecomunicações sempre atraíram mais os investidores.
Para James Jacobs, diretor internacional da GTE, as perspectivas de investimento no Brasil são "muito favoráveis".
Além da GTE, outras quatro grandes operadoras se encontraram ontem com o ministro: AT&T, MCI International, Bell Canada e Southwestern Bell.
Na tarde de segunda, Motta já havia se encontrado com outros 17 empresários interessados em participar da privatização.
Hoje, o ministro vai para Washington encontrar o embaixador Paulo Tarso Flexa de Lima. Na quinta, volta a Nova York para nova rodada de encontros com empresários norte-americanos.

Colaborou Patricia Decia

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