São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996
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Hospital de SP importa máquinas da Europa

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Santa Marcelina (zona oeste) inaugurou ontem um novo setor para a realização de hemodiálise. Segundos seus diretores, trata-se do mais moderno centro para esse tipo de tratamento da América Latina.
A hemodiálise é realizada em pacientes que têm problemas de rim e não conseguem filtrar o sangue. As máquinas realizam a filtragem externamente.
O hospital importou as 34 máquinas da Itália. Cada uma tem capacidade para atender três pacientes por dia, em turnos de seis horas.
As máquinas custaram R$ 480 mil, que foram pagos pela Prefeitura de São Paulo. Parte da reforma do prédio e outros investimentos necessários foram pagos pelo governo do Estado. O restante do investimento foi bancado pela congregação que mantém o hospital.
Segundo o médico Ruy Barata, um dos diretores do hospital, a grande vantagem do equipamento é sua segurança.
"As máquinas são dotadas de sensores capazes de identificar qualquer problema durante o processo de hemodiálise", diz Barata. Em caso de acidentes, a máquina toca um alarme e interrompe o processo.
Em março de 95, duas pessoas morreram ao fazer hemodiálise no hospital. Outras quatro morreram em janeiro, em uma clínica ligada ao hospital que também realiza o tratamento. As causas das mortes ainda não foram definidas.
Segundo Barata, as mortes não tiveram relação com a compra de equipamentos novos. "Nós estamos tentando construir esse centro há dez anos, e não conseguíamos por falta de verbas", afirmou.
O Santa Marcelina é um hospital beneficente, que atende a população carente da zona leste da capital. O atendimento no novo centro será gratuito.

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