São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996
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Produtor insiste em reajuste

HELCIO ZOLINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O coordenador da Frente Parlamentar do Setor Sucroalcooleiro, deputado Hélio Rosas (PMDB-SP), disse ontem que a produção de álcool no país só será mantida se o governo corrigir os preços do combustível.
Segundo ele, o setor avalia que sem um aumento nos preços, de nada valerá um pacote de incentivos ao Proálcool e ao consumo do produto no país.
"A correção de preços é o problema central da questão. Ou sai logo este aumento ou o setor vai para o vinagre. Ninguém pode ser obrigado a continuar produzindo com prejuízo", afirmou Rosas.
Segundo ele, o setor tem convivido com uma defasagem de preços de 19,9% e isso estaria comprometendo o desempenho das usinas.
"Quem não diversificou e ficou produzindo só álcool se lascou. Agora o governo se propõe a retomar o Proálcool. Mas não adianta soltar um pacote de medidas que não contemple a remuneração dos produtores. Se for assim, o pessoal vai abandonar o álcool e passar a produzir apenas açúcar", disse.
O anúncio da retomada do Proálcool deveria ter sido feito na semana passada, pelo presidente interino Marco Maciel.
Entre as medidas que seriam anunciadas estava a da recuperação dos preços para o setor, que receberia inicialmente, um reajuste de 11,4%.
Esse reajuste porém, teria que ser repassado para os consumidores de combustíveis.

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