São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996 |
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Líder diz que facção voltou
MÁRIO MOREIRA
* Folha - A Gaviões da Fiel assume que voltou a comparecer aos estádios? Douglas Deungaro - A gente continua indo, ficando no mesmo lugar da arquibancada e incentivando o time como antes da proibição. Como a polícia pode impedir que um grupo de pessoas que comprou ingresso fique junto num determinado lugar do estádio? Folha - Então, para vocês, está tudo igual a antes? Deungaro -Os nossos componentes só não podem usar a camiseta da facção, levar bandeiras nem gritar palavras de ordem ofensivas à torcida adversária. Folha - Vocês não têm tido problemas com a polícia? Deungaro - Eu já fui detido seis ou sete vezes neste ano por gritar, em coro com os companheiros, o nome da Gaviões. A polícia até pode nos tirar os bambus das bandeiras, que podem ser usados como armas. Mas o grito faz parte do espetáculo. Folha - Se a proibição às organizadas fosse suspensa, não haveria perigo de a violência voltar? Deungaro - Não. As torcidas já aprenderam bem a lição. Além disso, a polícia teria mais facilidade em controlar e identificar os torcedores se eles estivessem vestidos com uniformes de suas torcidas. Folha - E os conflitos registrados no atual Campeonato Paulista, em jogos no interior? Deungaro - Isso acontece por falta de liderança em algumas organizadas. Texto Anterior: Omissão política ajuda organizadas Próximo Texto: A retórica antiviolência Índice |
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