São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
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Só Banespa perde mais por agência, aponta estudo
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Um estudo de Carlos Coradi, da consultoria EFC, mostra que, em 1995, o Banco do Brasil trabalhava com um prejuízo anual de US$ 1,8 milhão por agência. Já no Banespa, esse prejuízo era de US$ 2,1 milhões. Megaprejuízo Outro megaprejuízo é do Bemge, pertencente ao governo mineiro. As perdas foram de US$ 1,1 milhão por agência, por ano. O critério é objetivo e revelador. Mostra como está a instituição em cada ponto de venda, a agência, unidade básica do negócio. O procedimento é o seguinte: somam-se as receitas financeiras e aquelas obtidas com prestação de serviços. Disso subtraem-se as despesas com pessoal e administrativas. Balanço O resultado, anualizado, é dividido pelo número de agências. Coradi utilizou os dados dos balanços do primeiro semestre de 1995 para todos os bancos (veja o quadro com as principais instituições nesta página). Com os dados do balanço do ano todo, os números do Banco do Brasil naturalmente sofrerão alterações. Mas, sem modificar a base do problema, pois no primeiro semestre o Banco do Brasil já registrava prejuízo. Banespa Para o Banespa, os dados são do balanço do primeiro semestre de 1994, o último publicado. Até hoje, Banco Central e governo do Estado de São Paulo não se entendem sobre a publicação dos demais balanços. O Banco Central, interventor no Banespa, quer publicar um balanço como o do Banco do Brasil, que mostre o tamanho real do buraco. O governo paulista resiste. Ajuste mais rápido Mas como é certo também que há um grupo de bancos privados ainda em desequilíbrio, verifica-se que o ajuste do sistema financeiro está longe do fim. A opinião mais comum no mercado financeiro é a de que haverá uma forte redução no número de bancos. Texto Anterior: Governo procura se antecipar a prejuízo semestral Próximo Texto: Procurador critica falta de colaboração Índice |
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