São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
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Terça-feira; Ontem Terça-feira 20h00 O líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho (PA), vai ao Palácio do Planalto a convite de Fernando Henrique Cardoso. Além do apelo que recebeu de FHC para abafar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos, Jader se recusa a divulgar o conteúdo da conversa com o presidente. 21h00 Os líderes do PFL, PSDB e do governo conversam com o presidente e avaliam que a CPI será abortada. O líder do governo no Senado, Elcio Alvares (ES), é escolhido para relatar o pedido de arquivamento da CPI. O pedido havia sido redigido na véspera no próprio Palácio do Planalto. Ontem 9h00 O mesmo grupo que conversara com o presidente na véspera volta a se reunir com o vice-presidente Marco Maciel. O gabinete do vice-presidente transforma-se no "quartel-general" da operação para implodir a CPI. Segundo a contabilidade feita pelos integrantes da reunião, o governo detém a maioria dos votos no plenário contra a CPI. 11h45 O senador Jader Barbalho reúne-se com o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), até então um defensor da instalação da CPI. O discurso de Barbalho muda depois dessa conversa. 12h00 O líder do PMDB no Senado concede uma entrevista. Barbalho, que também defendia a instalação da comissão, declara que não considera mais a CPI irreversível. Ele afirma que o "bom senso político" deve prevalecer. 12h30 Os líderes governistas retornam do Planalto e juntam-se ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Iris Resende (PMDB-GO), e ao senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Eles substituem o relator do pedido de arquivamento da CPI pelo senador tucano José Ignácio Ferreira (ES). 14h30 O presidente chama todos os líderes governistas para uma nova reunião, desta vez no Palácio da Alvorada. Fernando Henrique insiste no bombardeio à CPI. 17h30 A bancada do PMDB no Senado se reúne para discutir qual deve ser o comportamento do partido sobre essa questão. Sarney defende a instalação da CPI, mas se retira da sala para não constranger os companheiros. 18h00 Alguns dos integrantes da CPI dos Bancos se reuniriam informalmente para pôr a CPI para funcionar, mas sem qualquer valor legal. Texto Anterior: Planalto supera crise com favorecimentos a aliados Próximo Texto: Planalto supera crise com favorecimentos a aliados Índice |
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