São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
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Pedestres e motoristas param para ver os corpos na calçada
ROGERIO SCHLEGEL
Pouco acostumados com homicídios na região, eles se mobilizaram para ver os corpos na calçada da rua Olavo Freire, ligação entre o estádio do Pacaembu e a avenida Sumaré. Os corpos ficaram mais de seis horas na calçada -das 9h30, horário em que ocorreu o crime, até as 15h43, quando foram levados para o IML (Instituto Médico Legal). "Foi muita sorte eu passar aqui e estar com minha câmera de VHS no carro", disse Bruno Pinheiro, 19, estudante de artes plásticas da Faap, que gravou imagens dos corpos cobertos. "Queria mesmo era ver os caras do 'Aqui Agora' em ação, provocando aquele 'bafafá' todo", acrescentou o estudante, que nunca tinha visto uma vítima de homicídio de perto. A grávida Silvana Tocci, 32, e Mariane Conte, 31, deixaram a empresa em que trabalham, a 100 metros do local do crime, para ver os corpos. "Trabalho aqui há três anos e nunca ouvi falar em crime na região. Por isso viemos ver", disse Mariane. A estudante de medicina Rúbia Camargo, 20, usou o celular para contar para a mãe, diante da pensão, o que tinha se passado. "Por aqui, o comum são atropelamentos. Uma coisa dessas choca", afirmou. Vizinhos que moravam a até 100 metros do local do crime se surpreenderam em saber que a casa em que Lucineide morava era uma pensão. (RSc) Texto Anterior: Assassino chegou a ser detido 9 h antes do crime Próximo Texto: Região teve 3 moradores mortos em 95 Índice |
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