São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
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PE tem mais 2 mortos por hemodiálise
VANDECK SANTIAGO
"Ainda pode morrer mais gente", disse ontem, em Recife, o secretário de Saúde do Estado, Jarbas Barbosa. São, segundo o secretário, seis pacientes que estão internados em Caruaru (a 130 km de Recife) e que apresentaram sintomas compatíveis com os de intoxicação por cloro: crises convulsivas, náuseas e sangramentos. A Secretaria da Saúde ainda não sabe a causa exata das mortes. Em pelo menos nove dos 23 casos, a hipótese mais provável é que tenha havido intoxicação por excesso de cloro na água usada no tratamento. O setor de hemodiálise do instituto foi interditado no dia 13. Segundo o secretário, se houver intoxicação, "o dano causado no fígado do paciente é quase irreparável" e por isso as pessoas continuam morrendo, mesmo recebendo tratamento adequado depois. "A clínica é responsável pela qualidade da água, dos medicamentos e dos médicos", declarou Barbosa. "Essa responsabilidade está prevista na legislação da vigilância sanitária", endossou o presidente do Conselho Regional de Medicina, Silo de Holanda. "O que matou meu marido foi a irresponsabilidade do pessoal do IDR", disse a viúva de Pontes, Marta Alves de Lima Pontes. Ele fazia hemodiálise no IDR havia dois anos e, nos últimos dois meses, teria "começado a ficar fraco depois das sessões". Texto Anterior: Tachibana morre aos 84 Próximo Texto: 'Esperar é morrer', diz paciente Índice |
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