São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Equipamentos são antigos
AURELIANO BIANCARELLI
Sem manutenção adequada e velhas demais, muitas máquinas começam a apresentar falhas nos alarmes e detectores que protegem os pacientes. Dados do ano passado do Ministério da Saúde revelam que 20% dos pacientes em diálise no país morriam a cada ano. No interior de alguns Estados, a mortalidade passaria dos 30%, três vezes mais que a média de países europeus. Segundo nefrologistas, o problema só vem à tona quando ocorrem mortes sucessivas, como aconteceu em janeiro do ano passado no Hospital Santa Marcelina, de São Paulo. Anteontem, o Santa Marcelina inaugurou uma unidade moderna com 38 dialisadores. Segundo a SBN, as mortes em hemodiálise só serão evitadas com mais investimentos e uma política de saúde que priorize os transplantes. João Egídio Romão Júnior, do departamento de diálise e transplante da SBN, diz que um paciente em diálise custa ao Estado cerca de R$ 1.300 ao mês. Em sete meses, o paciente gasta o suficiente para pagar um transplante de rim. No entanto, o baixo pagamento oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não incentiva a realização de transplantes nem a renovação das máquinas, afirmam diretores da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Texto Anterior: Hospital de SP terá plano para doenças infecciosas Próximo Texto: ONU defenderá orçamento participativo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |