São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996
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As mudanças na lei do passe

Como é
- A profissionalização é obrigatória aos 20 anos, mas o jogador pode se tornar profissional a partir dos 16.
- O jogador tem seu passe sempre vinculado a um clube, a não ser que ele próprio o adquira e alugue a outro clube.
- A partir dos 28 anos, o jogador começa, gradativamente, a ter direito a uma parte do passe. Aos 28, detém 30% do passe; aos 29, 45%; aos 30, 60%; aos 31, 75%; e aos 32, 90%.
Aos 32, ele tem passe livre, desde que tenha completado dez anos no mesmo clube.
- O jogador que tem seu passe vinculado a um clube não tem qualquer ingerência em sua transferência. Cabe exclusivamente ao clube este decidir o valor do passe e para qual clube ele será negociado.
- O clube que formou o jogador só é ressarcido uma vez, quando o negocia. Se o clube que o contratou passá-lo adiante, o clube original não ganha nada.

Como ficaria
- Profissionalização: espera-se que os clubes promovam seus jogadores a partir do limite mínimo atual, 16 anos
- Carência: o passe existiria em um determinado período de tempo ou até uma idade limite, por exemplo, 24 anos
- Propriedade: enquanto o jogador se encontrar no período de carência, seu passe pertencerá a algum clube. Após esse prazo, o jogador estaria livre para decidir sobre seus contratos
- Transferência: enquanto o jogador estiver no período de carência, ele poderá ser negociado pelo clube. O processo seria parecido com o atual, com o jogador recebendo uma porcentagem do valor da transação
- "Corrente": os clubes que formarem jogadores receberão porcentagens de todas as negociações envolvendo seus atletas, em uma espécie de corrente.
Por exemplo, o time A formou um jogador e vendeu ao time B. Este, por sua vez, vendeu o mesmo jogador ao time C, que pagará uma certa porcentagem também ao time A.
O sistema, acreditam seus criadores, promoveria a formação de novos jogadores

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