São Paulo, domingo, 24 de março de 1996 |
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Oscar vira Copa do Mundo no Brasil
LUCIA MARTINS
É a segunda vez na história do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood que uma produção brasileira concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Este ano é a vez de "O Quatrilho", de Fábio Barreto. Em 1962, "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, foi indicado, mas não ganhou. "Estou feliz com essa incentivo do Brasil", diz o diretor Fábio Barreto, 38, que viajou terça-feira para participar da cerimônia em Los Angeles (EUA). Com ele, foi uma pequena torcida: os pais e a mulher, as atrizes Patrícia Pillar e Glória Pires, os atores Alexandre Paternost e Bruno Campos e o autor do romance no qual o filme foi baseado, José Clemente Pozenato. Mas a maioria da torcida ficou no Brasil. No Rio, a irmã de Fábio, Paula, está organizando uma festa com o marido, Claudio Adão, e os amigos jogadores Zico, Edinho e Júnior. Paula fez uma exigência: todos terão de usar as cores da bandeira brasileira. No Rio Grande do Sul, serão instalados telões no centro de Porto Alegre e de Caxias do Sul, cidade onde foi filmado "O Quatrilho". A onda de ufanismo está sendo aproveitada por TVs, restaurantes e até por uma companhia aérea. O SBT -que transmite o Oscar- espera aumento de audiência. Para isso, trocou Eliakim Araújo por Marília Gabriela, que vai funcionar como uma espécie de Galvão Bueno, animando a torcida. Também criou vinhetas com atores dizendo "Venha torcer com a gente". Na zona sul do Rio, o restaurante Coringa, no Leblon, terá um ravióli verde com "quatrilho de queijo". O Guimas, de São Conrado, promete "surpresas". Já a Vasp decidiu passar o filme de Barreto em seus vôos internacionais a partir de amanhã. A febre também atacou intelectuais. "O melhor time do mundo é o nosso", diz o ministro Francisco Weffort, que vai reunir amigos em casa para assistir à transmissão. LEIA MAIS sobre 'O Quatrilho' no Oscar 96 da pág. 2 a 4 Próximo Texto: Locutores adotam 'estilo Galvão Bueno' Índice |
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