São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
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Filha do casal contesta cenas

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAXIAS DO SUL (RS)

Maria Thereza Trentin Marcilio, 74, é a única filha viva dos protagonistas da história real que originou o livro e o filme "O Quatrilho". Sua mãe era Maria Bareta (que inspirou Pierina, interpretada por Glória Pires) e seu pai, Nicodemo Trentin (que inspirou Ângelo, representado por Alexandre Paternost).
Mãe de quatro filhos e com oito netos, Maria Thereza disse achar que "O Quatrilho" ganhará o Oscar de melhor filme estrangeiro. Ela vai acompanhar em casa, no bairro Petrópolis, em Caxias do Sul (RS).
Maria Thereza aponta diferenças entre a história real, ocorrida no início do século, e o filme de Fábio Barreto. Segundo Maria Thereza, não existiu o confronto entre sua mãe e o padre, vivido no filme por Cecil Thiré. A cena é apontada por Barreto como sendo a melhor do filme. "Minha mãe sempre se deu muito bem com o padre", disse.
O autor do livro, José Clemente Pozenato, que o escreveu a partir da história contada por um amigo, disse que o confronto existiu, mas não foi durante a missa, como mostra o filme, e sim na sacristia, em caráter privado.
Outra cena que Maria Thereza contesta é a relação sexual em cima da mesa, encenada por Pierina e Ângelo. "Meu pai respeitava muito a minha mãe. Acho que ficaria mais bonito e romântico se o filme mostrasse os dois no quarto à luz dos lampiões", afirmou.
(CAS)

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