São Paulo, terça-feira, 26 de março de 1996
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Telerj; Telefonia móvel; Risco; Posição discutível; Oásis; Restrição etária; Leis; Exemplo; Cumprimentos

Telerj
"Carta ao Arnaldo Jabor: não estamos de braços cruzados. Estamos trabalhando.
Não parece? É verdade. Porque esse trabalho de recuperação do serviço telefônico do Rio de Janeiro é demorado e o seu resultado não aparece logo como desejamos e na velocidade em que é necessário.
Precisamos de mais tempo para realizar todo o planejamento da Telerj, que mudará substancialmente o sistema telefônico do Estado, conciliando expansão e descongestionamento, para que a expansão não venha a comprometer o fluxo das comunicações.
Não somos irresponsáveis nem levianos a ponto de prometermos melhorias em um tempo menor do que é necessário.
Não estamos fugindo da crítica às deficiências do sistema telefônico e não fugiremos de nenhuma. Explicaremos sempre, como agora, porque é nossa obrigação fazê-lo e porque temos consciência.
Não aceitamos é a forma desonrosa e desrespeitosa como fomos tratados, principalmente neste momento, em que todos, sem exceção, estamos empenhados em reverter a situação atual.
O vandalismo que destrói orelhões é o mesmo que permeia a crítica destrutiva."
Eliana Gomes de Oliveira, gerente do Departamento de Comunicação Social da Telerj -Telecomunicações do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

Telefonia móvel
"É com muita surpresa que leio a reportagem do ministro das Comunicações dizendo que a Folha vai entrar na telefonia móvel (não veja mal nenhum), mas tendo como sócios algumas empresas que este diário denunciou inúmeras vezes por casos como financiamento ilegal de campanhas (ainda na era Collor) e outras coisinhas mais que essa empreiteira fez; quanto ao Unibanco, não preciso nem dizer da mamata do Proer e outras mamatas que com certeza não chegam aos simples mortais.
Tenho um grande sentimento de decepção, pois acreditava que este diário era independente; esse fato (da associação com essas empresas) me faz lembrar uma frase que sempre dizia meu falecido avô: 'Urubu não anda com andorinha....'. Uma pena."
Galdino Andrade (Corvallis, EUA)

Nota da Redação - Em 8/3/96 a Folha publicou reportagem relatando a intenção da Empresa Folha da Manhã S.A., que edita este jornal, de constituir sociedade com o Unibanco, a Odebrecht e a empresa norte-americana Air Touch para disputar, em leilão público, a concessão à exploração de telefonia celular. Assim, tornou a associação um fato público. Além disso, a empresa fez questão que da carta de intenções para constituição da sociedade constasse uma cláusula resguardando inteiramente a independência do jornal.

Risco
"O Congresso deve, urgentemente, fazer com que a campanha do governo chamada 'Acorda Brasil' saia do ar.
Se insistirem na manutenção da mesma, o povo pode acordar e o tranquilo sono dos congressistas pode virar pesadelo."
Curt Nees (Joinville, SC)

Posição discutível
"Entrevista recente do sr. Otavio Frias Filho na TV Cultura certamente surpreendeu o universo dos leitores da Folha.
Na oportunidade, declarou que a estratégia editorial de jornal assumia colocação sistemática de oposição à atividade governamental. Uma posição discutível, para não dizer inaceitável.
Claro que não é admissível que 100% das ações governamentais sejam prejudiciais aos interesses do país e seu povo. Tal conduta por parte da Folha agride e deprime a auto-estima dos brasileiros com relação ao país.
Precisamos de mais alegria ou, pelo menos, de um enfoque mais positivo da vida e das coisas deste mundo. Nem tudo está perdido.
Para isso, pode contar, sem qualquer dúvida, com a magnífica qualidade do seu corpo de redatores. É o melhor do Brasil.
Pode aproveitar os privilégios naturais do nosso grande país. Apesar de tudo, apesar dos seus lamentáveis dirigentes, ele ainda é belo e vale a pena vivê-lo."
José Rodrigues Neto (Ubiratã, PR)

Oásis
"Tenho a sensação de que a Folha transformou-se numa espécie de 'oásis' informativo em meio ao deserto da unanimidade em que se transformou a paisagem dos meios de comunicação do Brasil.
Durante ditaduras recentes, a censura explícita era percebida pela população. Hoje a bajulação do jornalismo de conveniência, 'de resultados', se dá nojo aos que ainda percebem o que é patriotismo e cidadania, não é tão evidente para o cidadão mais modesto que, vítima do neoliberalismo, frequentemente não sabe localizar seus verdadeiros inimigos."
Fernando L. Perrone (São Paulo, SP)

Restrição etária
"Foi com um misto de alegria e tristeza que li o regulamento geral do projeto 'Antarctica Artes com a Folha'.
Inicialmente exultei. Posteriormente, vi esse sentimento comprometido pela restrição à faixa dos 14 aos 32 anos.
Eu mesma, 35 anos, teria o meu trabalho respaldado por, pelo menos, três artistas plásticos consagrados.
Resta-me o consolo do exemplo da artista plástica Tomie Ohtake, que começou a pintar aos 39 anos e, para atingir o atual estágio de consagração de público e crítica nacional e internacional, prescindiu de ser 'descoberta' por qualquer seleção baseada em critérios questionáveis."
Helena Trindade (Rio de Janeiro, RJ)

Leis
"Venho parabenizar os diretores deste brilhante e respeitável jornal pela qualidade e aperfeiçoamento que vêm demonstrando por meio das publicações das edições diárias.
Aproveitando o ensejo, venho solicitar que ampliem a coluna 'Leis', que é publicada todos os sábados. A minha sugestão é que se chegue a um caderno ou a um suplemento."
Valdomiro Borges de Souza (Andradina, SP)

Exemplo
"Parabéns por incluir no Conselho Editorial da Folha o jornalista Clóvis Rossi, exemplo de dignidade no exercício de sua profissão."
Alon Feuerwerker (São Paulo, SP)

Cumprimentos
"O motivo desta carta é parabenizar a Folha pelo excelente trabalho informativo e pela ótima qualidade de suas reportagens. Já sou um leitor diário e assíduo desde 1988 e aproveito esta oportunidade para salientar que o serviço da Folha é de uma impressionante imparcialidade e honestidade."
Danilo Araújo (Santo André, SP)

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