São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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BC vai terceirizar gerência das reservas internacionais do país

Dez bancos serão escolhidos para administrar US$ 52 bi

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O Banco Central deverá colocar em marcha nos próximos 60 dias o processo de terceirização do gerenciamento de boa parte das reservas internacionais do Brasil -que somam US$ 52 bilhões.
Cerca de dez bancos internacionais, que já operam no Brasil, devem ser escolhidos para administrar parcelas das reservas do país depositadas no exterior.
Segundo Gustavo Franco, diretor da área internacional do BC, não haverá licitação. Cerca de 400 instituições que cumprem os requisitos estabelecidos pelo BC devem receber uma carta com a oferta para participar da operação.
A terceirização da gerência das reservas faz parte de uma estratégia do BC de conseguir maior rendimento para os US$ 52 bilhões.
Trata-se de uma alternativa para contrabalançar os altos custos da manutenção da reserva em alto volume com maior rendimento.
No decorrer do ano passado, o BC foi retirando gradativamente parcelas das reservas do BIS (Banco de Compensação Internacional), instituição suíça que é considerada um BC de todos os BCs.
Com essa experiência, o Brasil conseguiu obter um rendimento de pouco mais de 1% -além da taxa com que o BIS costuma remunerar esse tipo de depósito (libor).
Isso significa mais US$ 364 milhões nos cofres do país. Levando em conta o total das reservas, esse retorno alcançaria mais de US$ 520 milhões. Franco afirmou, contudo, que uma parcela deverá continuar depositada no BIS.
"Vai ficar no BIS um volume significativo, porque o BIS é um parceiro importante e ajudou o Brasil no passado", declarou.

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