São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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Clima bom favorece lavouras

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A expectativa para o mercado de feijão (carioquinha e macaçar) é de boa oferta para os próximos meses, caso o clima continue favorável.
Isso pode derrubar as cotações dos níveis atingidos nesta primeira safra, cuja colheita terminou no Centro-Sul, principal zona produtora de feijão do país entre dezembro e março.
No atacado de São Paulo, o feijão carioca de boa qualidade, que correspondeu a cerca de 60% da oferta, foi negociado nesse período entre R$ 36 e R$ 40 a saca.
Já o preço pago ao agricultor que conseguiu vender produto do tipo 2 oscilou de R$ 30 a R$ 35 por saca.
"É possível que as cotações caiam nos próximos meses. O clima até agora favorece o desenvolvimento das lavouras da segunda safra", prevê Kossei Banno, técnico da Conab.
Segundo Banno, tem chovido com regularidade desde dezembro na maior parte do Nordeste.
Essa região, quando não tem problemas climáticos, normalmente produz quase 70% da oferta da segunda safra nacional, que em 95 alcançou 1,9 milhão de tonelada.
Por enquanto, não foi divulgada nenhuma estimativa sobre a segunda safra, cuja maior parte da área deverá ser colhida no Nordeste em maio e junho e na região Centro-Sul, entre meados de abril e maio.
Caso o fator clima não prejudique as lavouras até o final da colheita, o excesso de oferta durante este primeiro semestre deve baixar os preços.
"Se ocorrer esse recuo nas cotações, é improvável que haja recuperação no resto do ano", afirma Banno.
Em 95, o mercado se comportou nessa hipótese negativa.

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