São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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MT investe nas hidrovias

MYRIAN VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Escoar a safra por hidrovia pode custar até 50% menos do que pela rodovias, afirma Luiz Duarte Silva Júnior, sub-secretário de Agricultura do Mato Grosso.
"É por causa da redução no frete que estamos tentando viabilizar mais rotas para o Mato Grosso", diz.
Segundo ele, 100 mil t de soja saíram do porto de Cáceres (244 km de Cuiabá) no ano passado pela hidrovia Paraguai-Paraná até o porto de Nova Palmira, no Uruguai.
Outra alternativa é a hidrovia Araguaia-Tocantins. A soja embarca no porto de Água Boa (714 km de Cuiabá) e vai até Itaqui, em Belém (PA).
"Esperamos contar este ano com a hidrovia Madeira-Amazonas. O porto em Itacoatiara (AM) está sendo construído. Quando ficar pronto, teremos três saídas pelas hidrovias", diz.
No Mato Grosso do Sul, a hidrovia Paraguai-Paraná também é alternativa para os produtores, segundo Eduardo Silva, diretor da Codems (Companhia de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul).
"No ano passado, uma multinacional exportou pela primeira vez 20 mil t de soja pela hidrovia. Este ano, a expectativa é de 60 mil t", diz.
Segundo Silva, o transporte ferroviário no MS custa em média 20% a menos que o rodoviário. "O hidroviário chega a 40% a menos que o ferroviário", diz.
A safra na região centro-norte e sudoeste do Estado, segundo Silva, pode ser escoada por ferrovia até o porto de Corumbá (426 km de Campo Grande) e daí seguir pelo rio Paraguai até o porto de Nova Palmira, no Uruguai.
Outra saída é o porto de Concepción, no Paraguai.

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