São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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Campeão dá a receita

Oshiro abandona a tecnologia tradicional e lucra mais

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITAMBARACÁ (PR)

Antônio Oshiro, 47, de Itambaracá (369 km ao norte de Curitiba), espera produzir 900 arrobas de algodão por alqueire (cerca de 5.600 kg/ha) este ano, depois de alcançar a média de 894 arrobas por alqueire (5.541,3 kg/ha) na safra 94/95.
Vencedor de dois concursos nacionais de produtividade, Oshiro aposta na alta tecnologia e no preparo adequado do solo.
Em 75, ele cultivava 145,2 ha. Em 95 plantou 16,94 ha.
Ele produz sementes de novas variedades para o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e tem aumentado sua produtividade a cada safra, desde 86.
A média do Estado tem se mantido em 287 arrobas por alqueire (1.778,9 kg/ha).
Nesta safra, Oshiro plantou 16,94 ha da variedade IAC 22, para multiplicação de sementes para o Iapar e está otimista.
"É uma variedade tão boa como o Paraná 3 (Iapar 71), que me deu o bicampeonato nacional na safra passada", afirma Oshiro.
Segundo ele, o algodão é uma cultura que responde rápido a uma boa adubação, à rotação e a um preparo de solo adequado.
Ele utiliza aveia como plantio de inverno nas áreas destinadas à lavoura e faz uma preparo de solo baseado na subsolagem e aração profunda, em vez da tradicional gradagem pesada.
Oshiro também não economiza na adubação (à base de potássio e nitrogênio) e na aplicação de defensivos agrícolas.
Esses investimentos elevam o custo de produção para uma média de 410 arrobas por alqueire (2.541 kg/ha).

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