São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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Têxtil quer qualidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A Alpargatas-Santista, uma das líderes no setor têxtil, não vai aumentar suas compras de algodão em pluma este ano, apesar da crescente demanda por tecidos no mercado nacional.
Segundo Andrew Macdonald, diretor da empresa, a prioridade da Santista no momento é melhorar a qualidade dos produtos.
Para isso, fez um plano de investimentos de US$ 100 milhões (US$ 60 milhões em 95 e US$ 40 milhões em 96).
As compras de algodão em pluma somarão 90 mil t este ano, número igual ao de 95. Cerca de metade desse total será adquirida junto aos produtores brasileiros.
A previsão para o próximo ano é de que as compras de algodão da Santista cresçam 10% a 15%.
Macdonald afirma que a indústria está preocupada com a falta de matéria-prima no país.
"A tendência para os próximos anos é de um declínio da indústria têxtil nos países com escassez de matéria-prima como Japão, Taiwan, Indonésia e os europeus", diz o diretor da Santista.
Já EUA, China, Índia e Paquistão apresentam condições favoráveis à indústria devido à boa oferta interna de algodão.
Há 20 anos, segundo Macdonald, a mão-de-obra era o fator que mais pressionava o custo de produção do setor têxtil.
Por isso, o parque têxtil de vários países asiáticos cresceu, em função dos baixos salários pagos aos trabalhadores.
Nos anos 80, diz Macdonald, a indústria dos EUA ganhou maior competitividade devido à automação de suas fábricas e às fusões das empresas.

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