São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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PT vai fazer atos em nove Estados em defesa de CPI
MARTA SALOMON
Embora ultrapasse o número de assinaturas exigido para a criação de uma CPI (171 deputados), o apoio obtido até agora não é suficiente para garantir a CPI. Como há outros 13 pedidos de CPI na fila de espera da Câmara, as chances de a CPI dos Bancos ser instalada dependem do apoio da maioria absoluta dos deputados (257), num pedido de urgência para a votação de um projeto assegurando prioridade ao trabalho. Sem a urgência, o projeto pode demorar meses na Câmara. "Só a pressão popular é capaz de evitar que o Luís Eduardo Magalhães (presidente da Câmara) sente sobre o pedido", disse o autor do pedido de CPI, deputado Milton Temer (PT-RJ), depois de entregar o requerimento a Luís Eduardo. O presidente da Câmara detém o comando da pauta de votações. Luís Eduardo encampou os argumentos do governo -que considera inconveniente a CPI. Temer pediu a Luís Eduardo que colocasse o pedido em votação "o mais rápido possível". O presidente da Câmara limitou-se a receber o requerimento e afirmar que o repassaria à secretaria para que as assinaturas fossem conferidas. As manifestações populares devem começar por São Paulo, provavelmente na próxima semana. A direção do PT mandou confeccionar adesivos com a seguinte palavra de ordem: "Vamos acabar com a farra dos bancos - CPI já". Outra tentativa de levar adiante as investigações será feita hoje no Supremo Tribunal Federal. Um grupo de parlamentares pedirá que o Supremo anule o arquivamento da CPI do Senado, decidido na semana passada. Texto Anterior: Bancos 'seguram' R$ 2 bilhões de empréstimos a empresas Próximo Texto: BC confirma investigação sob o Excel Índice |
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