São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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BC confirma investigação sob o Excel CARI RODRIGUES CARI RODRIGUES; GUSTAVO PATÚ
A denúncia foi feita anteontem pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) no primeiro depoimento de Mauch na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Apesar disso, Mauch disse que a negociação para venda do Econômico ao Excel pode ser feita antes da conclusão do processo. "Não necessariamente uma coisa depende da outra", afirmou em entrevista após depor na CAE. Para Mauch, o fato de um banco ser considerado culpado em processos administrativos não significa que tenha sua idoneidade comprometida por irregularidade cometida em um setor específico. A venda do Econômico não será concluída sem que sejam atendidos requisitos exigidos pela Constituição, disse Mauch: avaliação econômica-financeira, capacidade técnica e idoneidade. Denúncias Suplicy disse que o Excel é suspeito de manter "caixa dois" e de não ter pago R$ 9 milhões à Química Industrial Paulista S/A. Mauch afirmou desconhecer o processo. A investigação está sendo realizada pela Delegacia Regional do BC em São Paulo e foi solicitada pelo diretor da Química Nagib Audi. Esse é o segundo processo, cuja existência é admitida pelo BC, que apura supostas irregularidades no Excel. Um processo administrativo se arrasta desde 90 e apura remessa irregular de dólares ao exterior. A denúncia fez o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) atacar o empresário. "O seu Nagib Audi é um ladrão, com várias entradas na polícia", atacou ACM. ACM, que não é titular da comissão, decidiu comparecer ao segundo dia de depoimento de Mauch. Voltado para Mauch, ACM pediu "que o BC não fique acuado por esta comissão". O mesmo diretor foi chamado de "marginal" por ACM após o vazamento de documentos sobre doações eleitorais do Econômico. O senador apóia desde 95 a proposta do Excel para a aquisição do Econômico. Texto Anterior: PT vai fazer atos em nove Estados em defesa de CPI Próximo Texto: Choque em protesto fere seis Índice |
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