São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Santos deve disputar presidência da Casa

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Fortalecido com a vitória do governo na vitória da reforma da Previdência, o deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP) poderá ser uma das alternativas para disputar a presidência da Câmara em 1997.
Santos, que já é líder do governo da Câmara, também se fortaleceu com a derrota do presidente do PMDB, Paes de Andrade (CE), na convenção de domingo passado. Ele estava por trás da estratégia para negar quórum à reunião.
O deputado paulista é apontado como tendo mais chance de ganhar a presidência da Câmara do que seu colega Michel Temer, líder do PMDB e relator da emenda da Previdência. Temer também quer dirigir a Câmara.
Santos já teve seu nome lembrado para a coordenação política de FHC. Trata-se de uma função que vem sendo reivindicada por auxiliares do presidente desde o início do governo. O responsável pela missão teria status de ministro.
O PFL, que hoje dirige a Câmara, ficaria com a presidência do Senado. A cadeira de Luís Eduardo Magalhães (PFL) seria ocupada por um peemedebista. Trata-se de uma espécie de acordo tácito entre pefelistas e peemedebistas.
ACM
Pelo acordo, a presidência do Senado ficaria com Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O PMDB é amplamente majoritário no Senado. Para que esse acordo funcione, há a necessidade de contrapartida na Câmara.
Inocêncio Oliveira, líder do PFL na Câmara, já está em campanha para presidir a Casa. Mas pefelistas e peemedebistas acreditam que ele acabará desistindo para que possa haver o rodízio.
No Senado, que hoje é presidido por José Sarney (PMDB-AP), há restrições à indicação de ACM. O senador está desgastado com os colegas por causa de agressões físicas e verbais a outros senadores.
Mas os articuladores do governo acreditam que até fevereiro do próximo ano, quando haverá a escolha do novo presidente do Senado, ACM supere esses obstáculos. Se isso ocorrer, também fica mais fácil a eleição de Luiz Carlos Santos para a presidência da Câmara.

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