São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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Preço da Light pode cair Governo tenta tornar empresa mais atrativa ao mercado DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL O CND (Conselho Nacional de Desestatização) decide hoje, em Brasília, se aceita o pagamento de parte do preço da Light Serviços de Eletricidade com "moedas podres" (títulos de dívidas de longo prazo) e até se modifica o preço mínimo da empresa para facilitar sua privatização.A Light tem leilão marcado para o dia 18 de abril, ao preço mínimo de R$ 2,43 bilhões para 60% do seu capital. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do programa de privatização do governo, tem recebido queixas de vários investidores de que o preço da empresa está fora de mercado. O governo teme falta de compradores no leilão. O edital de venda da Light, no segundo capítulo, diz que o CND poderá, "a seu critério, rever o preço mínimo para as ações, diante de fatos que justifiquem tal decisão". O CND é integrado pelos ministros do Planejamento, José Serra; da Fazenda, Pedro Malan; do Gabinete Civil, Clóvis Carvalho; da Indústria, Comércio e Turismo, Dorothea Werneck; das Minas e Energia, Raimundo Brito; e dos Transportes, Odacyr Klein. O ministro José Serra fez várias declarações, desde o ano passado, de que a Light teria que ser paga totalmente em dinheiro vivo. Segundo a Folha apurou, a reunião de hoje deverá tentar tornar a Light mais atrativa para os compradores sem alterar preço ou condições de pagamento. Chile O presidente do Chile, Eduardo Frei Ruiz Tagle, disse ontem que a iniciativa privada chilena vai participar da privatização das empresas públicas de eletricidade e telecomunicações no Brasil. O setor elétrico chileno, formado por empresas privadas e concessionárias, já atua no exterior, com presença na Argentina e no Peru. A Chilectra, pertencente ao conglomerado empresarial chileno Enersis, manifestou interesse em adquirir o controle acionário da Light, cuja privatização deverá ocorrer no mês que vem. Falando na abertura do 1º Encontro Empresarial de Investimentos e Comércio Brasil-Chile, realizado ontem em São Paulo, Frei disse que o Chile se transformou em um exportador de capitais. O total dos investimentos chilenos no exterior soma atualmente US$ 4,8 bilhões. Texto Anterior: TSE quer tirar a exigência da identidade Índice |
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