São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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Autoproteção funcionou em SP
LUCIA MARTINS
Essa é a avaliação do diretor de Geração e Transmissão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), Mauro Jardim Arce. "Foi graças a ele que o corte no fornecimento não afetou São Paulo." O blecaute não atingiu o Estado porque, com o desligamento do transformador de Água Vermelha (divisa de São Paulo com Minas), a Cesp se desligou do sistema. Como o fluxo de energia da rede tinha sido desviado para Água Vermelha por causa do problema ocorrido na usina de Furnas, houve uma sobrecarga e, por proteção, o transformador foi desativado automaticamente. São Paulo se "salvou" por dois motivos. O Estado não depende da energia produzida por Furnas. Apenas 5% da energia consumida pelos paulistas é produzida pela companhia. O resto da energia vem da Cesp (60%) e de Itaipu (35%). O outro fator foi o fato de que, no momento do blecaute, São Paulo estava "exportando" energia. Segundo Arce, como as usinas do rio Parnaíba (região afetada) estão operando em níveis baixos -por causa da falta de chuvas-, a deficiência de energia está tendo que ser suprida com a produção das empresas que ficam mais ao sul. Por isso, na hora do blecaute, São Paulo cortou sua ligação com o resto do sistema, mas conseguiu manter o fornecimento aumentando a produção de energia. (LM) Texto Anterior: Funcionários prometem fazer paralisação Índice |
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