São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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Justiça dos EUA investiga Moody's
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A notícia apareceu ontem na capa do caderno de investimentos do "The Wall Street Journal", jornal de maior circulação dos Estados Unidos. Um porta-voz da Moody's confirmou que a empresa recebeu e respondeu a perguntas da divisão antitruste do Departamento de Justiça mas se recusou a comentar se ela é ou não objeto de investigação. Segundo o "Wall Street Journal", o Departamento tenta apurar se a Moody's ameaça fazer comentários negativos e rebaixar a avaliação de bônus ou títulos emitidos por quem se recuse a contratar seus serviços. O distrito escolar do condado de Jefferson, no Estado de Colorado, oeste do país, está processando a Moody's por ter feito comentários negativos sobre seus bônus logo após ele ter se recusado a contratá-la em 1993. O presidente da Moody's, John Bohn Jr., se demitiu na semana passada alegando motivos pessoais. Ontem, Bohn Jr. afirmou ao "Wall Street Journal" que sua renúncia não teve qualquer relação com a investigação. A Moody's trabalha no mercado de bônus de governos e bancos da América Latina, inclusive do Brasil. Mas, segundo o jornal, a investigação do Departamento de Justiça se limita aos mercados domésticos dos Estados Unidos. O negócio de avaliação de créditos está em ascensão nos Estados Unidos. A Moody's e a Standard & Poor's lideram o segmento, seguidas de longe pela Fitch Investors Service. Alto custo As tarifas cobradas pela Moody's são muito mais altas que a dos concorrentes, que também receberam questionários do Departamento de Justiça. Todas as demais firmas do setor negaram ontem estar sendo investigadas pela Justiça. O Departamento de Justiça se recusou a comentar o assunto. Texto Anterior: Supermercados têm megafusão nos EUA Próximo Texto: Banco Central muda minibanda cambial Índice |
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