São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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McLaren põe Alain Prost na reserva
DA REPORTAGEM LOCAL Alain Prost pode voltar a correr na F-1 neste fim-de-semana. Tudo depende de um exame médico, encomendado pela McLaren, que avaliará as condições físicas do filandês Mika Hakkinen, um dos titulares da equipe inglesa.Ele e o escocês David Coulthard chegaram ontem a São Paulo para o GP Brasil e se surpreenderam com a notícia de que a superlicença do tetracampeão mundial francês fora expedida às pressas, anteontem, em Paris. Superlicença é o documento que permite a um piloto disputar corridas na F-1. Hakkinen sofreu sério acidente no final do ano passado (leia texto abaixo), se recuperou, mas ainda apresenta sequelas -entre outras, não consegue fechar um dos olhos. O exame médico, confirmado pela Unicór, responsável pelo atendimento médico do GP Brasil, seria uma forma de a equipe se eximir de responsabilidade sobre o piloto na pista. Assim, Prost assumiria o carro de Hakkinen, caso o finlandês não fosse aprovado no exame médico. A equipe, por meio de sua assessoria de imprensa, negou que o atual consultor possa defender o time também nas pistas. Sobre o piloto de testes, o dinamarquês Jan Magnussen, o natural substituto, a McLaren informou que ele teria ficado na Europa devido a evento relacionado ao Campeonato Internacional de Turismo. A competição, no entanto, só começa em abril. A McLaren se contradisse também sobre a chegada de Prost ao país. O time passou o dia de ontem afirmando que ele chegaria a São Paulo na tarde de ontem. Mas o Hotel Transamérica, onde se hospeda a maior parte do pessoal da categoria, informou que só espera o francês para hoje. A volta de Prost às pistas, porém, não parece depender apenas do estado físico de Hakkinen. Já se especula, nos bastidores da categoria, que os patrocinadores e fornecedores da McLaren vislumbraram a oportunidade única de ter Prost correndo novamente. Afastado da categoria desde 93, quando conquistou seu quarto título mundial, então com a Williams, Prost negou que sentaria de novo em um F-1 após a morte de Ayrton Senna, em 94. No ano passado, porém, após se desligar da Renault, o francês foi contratado com consultor da Mercedes e encarou também o papel de piloto de testes de luxo. À época, ele afirmou que só voltaria à disputa se tivesse um carro competitivo nas mãos. Seu contrato prevê tal situação, mas aponta também que a decisão final cabe ao próprio piloto. Como substituto de Hakkinen e com um carro que parece estar evoluindo desde sua intervenção no projeto, Prost poderia quebrar mais uma vez suas promessas, sem se comprometer. Para a F-1, patrocinadores e promotores do GP a volta de Prost seria um grande negócio. LEIA MAIS sobre a F-1 à pág. 7 Próximo Texto: Mudança de bastidor pode afetar dois brasileiros Índice |
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