São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996
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Caem os assassinatos no fim-de-semana

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Segurança Pública registrou 42 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) no último fim-de-semana na cidade de São Paulo.
É o mais baixo número desde que a secretaria passou a centralizar a divulgação dos dados na cidade, no final de fevereiro.
O número corresponde a uma queda de 32,2% em relação aos homicídios registrados no final de semana anterior, recorde do período com 62 assassinatos.
Antes, o fim-de-semana com menor número de homicídios era o de 17 de março (49).
Os 42 registrados entre as 20h de sexta-feira e as 8h de ontem não incluem os quatro mortos da chacina em Parada 15 de Novembro.
Apesar de ter ocorrido de madrugada (por volta das 2h), o boletim de ocorrência do crime não foi registrado até as 8h de ontem.
Discussão
Na Seccional de São Mateus (zona leste) foram registrados oito homicídios. No fim-de-semana anterior, tinham sido dois.
"As equipes estão averiguando o perfil das vítimas e o que provocou as mortes, mas homicídio é o tipo de crime que não tem muita explicação e é difícil conter", diz Adilson da Silva Aquino, 32, delegado assistente da seccional.
A seccional com maior número de assassinatos foi a Oeste (nove). "É um problema de prevenção, que não é nossa incumbência", afirma o delegado Joaquim Dias Alves.
Ele diz que o "ponto negro" de homocídios da seccional é a área do Campo Limpo. "Faz divisa com Capão Redondo e Parque Santo Antônio, que já é zona sul. O sujeito atravessa uma rua e mata aqui", afirma.
O delegado disse que a seccional já promoveu por conta própria operações na área para coibir os crimes.
A seccional Norte apresentou o menor número de homicídios no fim-de-semana, com apenas uma ocorrência.
"Fizemos operações especiais na noite de sexta-feira nas áreas de maior incidência de mortes, usando 66 homens, e acredito que isso tenha contribuído para esse resultado", afirma Roberto Campos, 46, delegado operacional.

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