São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Desembargador critica polícia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O desembargador Homero Sabino reclamou da atuação da polícia. Disse que uma operação semelhante pode pôr em risco a vida de um de seus filhos (o promotor Aldo Guilherme Sabino Freire, que está no carro de Leonardo Pareja).
Sabino disse que havia uma determinação para que a polícia não abordasse os presos. Ele acredita que sua segurança foi posta em risco na operação policial.
O presidente do STF, Sepúlveda Pertence, que acompanhava Sabino, disse que Goiás é um exemplo da crise nas penitenciárias que hoje atinge todos os Estados.
Sabino fez radiografia de tórax no Hospital de Base de Brasília. Sentia muita dor de cabeça, fruto do estresse, segundo os médicos.
Entrevista
O assaltante Leonardo Pareja disse em entrevista ontem à tarde que a fuga seria tranquila, pois teria havido uma síndrome de Estocolmo (sentimento de simpatia dos sequestrados em relação aos sequestradores).
Pareja convocou a entrevista -a segunda desde o início da rebelião- às 15h30 de ontem, para anunciar que a fuga ocorreria depois das 21h. Não foi divulgado depois os motivos da antecipação.
Pareja disse ter assumido o comando das negociações a pedido dos próprios reféns -no início, ele não era um dos rebelados. Ele declarou que os reféns seriam soltos quando houvesse segurança tanto para eles quanto para os fugitivos.

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