São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Executivo britânico é demitido por gastar demais

IGOR GIELOW
DE LONDRES

O executivo-chefe da maior construtora do Reino Unido, a Woolwich, perdeu o emprego porque teria abusado nos gastos pessoais colocados na conta da companhia.
Peter Robinson, 54 anos de idade e 32 de casa, foi obrigado a renunciar na noite de anteontem depois que uma auditoria interna da empresa revelou que ele teria gasto demais por conta da Woolwich.
Robinson ganhava US$ 37,5 mil por mês e tinha um Jaguar XJ6 com motorista à disposição.
Há três meses no cargo, ele deixa a empresa numa hora delicada, quando capitaneava uma emissão de US$ 5,4 bilhões em ações.
Segundo a empresa, a operação será feita do mesmo jeito. O chairman da Woolwich, sir Brian Jenkins, tentou tranquilizar o mercado dizendo que "nada mudou na estrutura da companhia".
O predecessor de Robinson, Donald Kirkham, volta ao cargo. A Woolwich tem 500 representações no Reino Unido e obteve lucro de US$ 500 milhões no ano passado.
Robinson é acusado de usar dinheiro da Woolwich para comprar um segundo carro, um Range Rover, para reformar sua casa e pagar a conta do jardineiro.
Demitido nega
Ele foi informado da auditoria na tarde de anteontem, depois de voltar de uma viagem (também suspeita) a Barbados, no Caribe.
A decisão de renunciar veio duas horas depois. Procurada pela Folha, sua secretária disse que ele não iria comentar o caso e que negava uso indevido de dinheiro.
O volume total do rombo que teria sido deixado pelo executivo não foi divulgado, mas na City (coração financeiro de Londres) especulava-se ontem que estaria na casa das dezenas de milhares de dólares.

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