São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Dados do BC mostram queda no juro

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O custo do cheque especial e do dinheiro para as empresas junto aos bancos em fevereiro foi o mais baixo desde janeiro de 1995.
Dados do Banco Central mostram que a taxa média cobrada pelos bancos nos empréstimos de capital de giro ficou em 2,64% acima do seu custo de captação (contra 6,28% em janeiro de 96).
Ainda em fevereiro, o custo dos financiamentos para compra de bens para empresas foi em média 3,85% maior que seu custo de captação (contra 7,95% em janeiro).
A taxa média cobrada no cheque especial foi 6,62% acima do custo de captação -10,57% em janeiro.
O governo ainda considera estas taxas altas, mas a tendência é de queda nos próximos meses. A queda no custo do dinheiro tem um reflexo também nos juros que os bancos cobram nos empréstimos.
Nos financiamentos para compra de bens em fevereiro, os juros médios foram de 6,39% -3,85% mais o custo médio de 2,35% dos títulos públicos federais.
No caso dos cheques especiais, os juros médios pagos pelos correntistas em fevereiro foi de 9,13% (6,62% mais 2,35% de juros médios pagos pelo governo para emissão de títulos públicos).
Nos empréstimos para capital de giro, os juros médios foram de 5,05%, conforme o BC, cujo presidente é Gustavo Loyola.
Compulsórios
A queda no custo do dinheiro e nos juros cobrados pelos bancos reflete as medidas do governo no segundo semestre de 95.
O compulsório sobre depósitos em caderneta de poupança foi reduzido de 30% para 15% e o das operações financeiras foi cortado de 15% para zero.
Além disso, o compulsório sobre depósitos a prazo (Certificados de Depósitos Bancários) foi reduzido de 30% para 20%. Deste total, os bancos recolhem 17% em títulos públicos e 3% em moeda.
O governo estuda novos cortes no compulsório que só devem ser adotados no segundo semestre.

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