São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Começo promissor

CARLOS SARLI

Ano passado os brasileiros saíram liderando o Circuito Mundial de Surfe da segunda divisão, o WQS. A temporada começou no Brasil, em grande estilo, em Fernando de Noronha. A segunda etapa, também por aqui e nenhum estrangeiro competindo, garantiu 16 nomes familiares no ranking.
Como era previsto, a alegria durou pouco. Com poucos brasileiros na fase australiana, sumimos da lista de acesso. Chegamos ao final com apenas Renato Wanderley subindo e outros dois, que já disputavam o WCT, se garantindo pelo WQS.
Este ano, as etapas sul-americanas voltaram a abrir a temporada. Novamente dominamos, e, escolados com o ocorrido em 95, cerca de 40 surfistas nacionais foram atrás dos pontos da perna australiana.
O resultado é que, após o término da 11ª etapa, de um total de 53 previstas para este ano, das quais os 8 melhores resultados serão somados, 10 dos 16 primeiros nomes são daqui.
A performance brasileira na Austrália -país que dominou o surfe nas décadas de 70 e 80 e vem tentando recuperar a hegemonia- evidencia a evolução dos nossos competidores.
O bom desempenho começou com o terceiro lugar de Renan Rocha, em Sydney, na etapa de abertura do WCT. Depois foi a vez de Teco Padaratz chegar em segundo na Gold Cost. E o melhor veio nas últimas etapas.
Na semana passada, em Margareth River, foi a vez de Erick Myakawa, 20, brilhar. Com ondas de mais de dez pés, ele foi fazendo a mala de muitos favoritos até chegar à final, quando terminou em quarto.
No último fim-de-semana, em Newcastle Beach, fomos mais longe. O niteroiense Guilherme Herdy, 21, matou a bateria, deixando o local Richard Lovett em segundo e Neco Padaratz, 18, em terceiro. Além deles, temos o atual líder do ranking, Joca Jr., e o terceiro colocado, Fábio Silva, 18, que vem demonstrando regularidade.

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