São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996 |
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Carreira começou na militância esquerdista
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Exército Em 1962, o mesmo ano em que se casou com sua mulher, Alma, foi convocado pelo Exército. Serviu na Alemanha e Coréia e chegou ao posto de capitão. Kennedy o chamou para ser o sub-chefe de sua campanha para a Presidência em 1979. Depois de perder a convenção do Partido Democrata para Jimmy Carter, Kennedy manteve Brown como seu assessor parlamentar. Foi aí que Brown resolveu "cair na real". Entrou para o escritório Patton, Boggs e Blow, um dos maiores do negócio de lobby dos EUA. Em seis anos, com clientes controvertidos como o ditador do Haiti Jean- Claude Duvalier, Brown enriqueceu e se tornou poderoso. Em 1988, coordenou a participação de Jesse Jackson na convenção nacional do Partido Democrata e, um ano depois, tornou-se o primeiro negro a presidir um dos dois grandes partidos políticos dos Estados Unidos. Como presidente do Partido Democrata, teve papel importante na vitória de Bill Clinton na eleição de 1992. Fez o que pôde para ser indicado secretário de Estado mas acabou à frente do Departamento do Comércio. Sua gestão foi bastante agressiva, em especial no exterior. Nenhum outro secretário de Comércio viajou mais na história do país. Investigação Em 1993, Brown foi acusado de ter recebido US$ 700 mil do governo do Vietnã para apressar o fim do embargo comercial dos Estados Unidos contra aquele país, mas a Justiça descartou as acusações por falta de provas. Desde julho de 1995, a lisura de seus negócios financeiros pessoais estão sendo investigados por um promotor especial. Amigos destacam como suas principais qualidades a capacidade de organização, o entusiasmo no trabalho e a efusividade no trato pessoal. Ron Brown teve dois filhos: Michael e Tracey. (CELS) Texto Anterior: Brown participou de lobby do caso Sivam Índice |
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